Ao mergulhar no emaranhado de lembranças,
Que repousam inertes pelos labirintos minha mente,
Pelos cantos dos corredores e pelos porões onde jazem aqueles arquivos super-pessoais, misturados com milhares de fragmentos sinápticos;
E ao me deparar comigo, só que de outros tempos,
Aquele eu que fui outrora;
Não sei o que há, que não reconheço nada além de um ser estranho
Num corpo familiar.
Teria eu mudado tanto assim? Ou alguém andou revirando minhas memórias?
terça-feira, 25 de maio de 2010
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Declaração a um surrealista
Com todas as forças de minhas entranhas
Tu fostes amado.
Desapegada de razão,
Desapropriada de palavras,
deixei de lado todo o método
e a razão que me impuseram na escola.
Tudo isso para te amar.
Amei-te loucamente
Encontrei-te em meus sonhos
E te perdi no meu inconsciente.
Um dia abri os olhos
e te vi de carne e osso.
Feito de imperfeições,
recheado de defeitos.
Vi meu sonho transformado em realidade,
ignorei as projeções de minha mente.
E pela primeira vez
Amei-te por inteiro.
Assim, repleto de defeitos.
Assim, posto em verdade.
terça-feira, 4 de maio de 2010
A Última Flor
Pétalas suaves, acariciadas pelo orvalho matinal,
De um mundo áspero, suicida.
Espero que ela respire, inspirando,
Aquele coração tão só.
Inspirando, sem deixá-lo expirar...
Inspirando, expirando...
E a cada movimento, preparar-se.
E que seja continua, sem lá grandes definições e que...
Inspire enquanto viva, e no extremo, até a expiração definitiva.
De um mundo áspero, suicida.
Espero que ela respire, inspirando,
Aquele coração tão só.
Inspirando, sem deixá-lo expirar...
Inspirando, expirando...
E a cada movimento, preparar-se.
E que seja continua, sem lá grandes definições e que...
Inspire enquanto viva, e no extremo, até a expiração definitiva.
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