Houve num tempo uma historia,
Mui trágica, assim lhes direi.
Às vezes esquecida pela memória,
Das classes hegemônicas de el-rei.
Invasão, desespero, dominação,
Divergindo de forma nada simplória:
Para muitos o fim da tradição,
Proutros a eternidade, a gloria!
Inda que fosse por encanto,
Nada te poderia fazer cegar.
Armadilhas retóricas, no entanto,
A tudo isto fizeram legitimar.
O sol que lhes dá fertilidade,
Cujo néctar nas veias corre,
Intangível à iniquidade?
Não: pois pelo aço morre.
Mas nada foi tão simples assim,
E fácil? Tão pouco lhe parece;
Houve ação, houve reação:
Há a dor de quem hoje padece.
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
terça-feira, 14 de outubro de 2008
A herança do eldorado
Vidas que não renascerão,
guerras dos livros de história,
coragem, dor, fé e glória,
por metais que nas coroas dormirão.
Conquistadores de sangue,
os cavalheiros de Cortez,
do arguto Pizarro,
ao amante de Inês.
No esplendor do alto plano,
dos reverenciadores do astro rei,
eis que surge dos quatro cantos,
os que por Cristo impõe sua lei.
O principe Athaualpa,
e seu séquito de valor,
a prisão em Cajamarca,
o princípio do ardor.
Melinche, audaciosa mulher,
com palavras fez-se encanto,
despertou o amor do homem branco,
e sacrificou a grandeza de seu povo.
Os caídos continuam calados,
presentes nas memórias dos vencidos,
ao historiador cabe ressurgí-lo,
recuperar a herança do eldorado.
guerras dos livros de história,
coragem, dor, fé e glória,
por metais que nas coroas dormirão.
Conquistadores de sangue,
os cavalheiros de Cortez,
do arguto Pizarro,
ao amante de Inês.
No esplendor do alto plano,
dos reverenciadores do astro rei,
eis que surge dos quatro cantos,
os que por Cristo impõe sua lei.
O principe Athaualpa,
e seu séquito de valor,
a prisão em Cajamarca,
o princípio do ardor.
Melinche, audaciosa mulher,
com palavras fez-se encanto,
despertou o amor do homem branco,
e sacrificou a grandeza de seu povo.
Os caídos continuam calados,
presentes nas memórias dos vencidos,
ao historiador cabe ressurgí-lo,
recuperar a herança do eldorado.
sábado, 4 de outubro de 2008
Os laços
Por Taiane Maria Bonita Martins, em homenagem a Luiz Martins Neto (In memorian)
Liberdade?
Tão presos à carne,
Tão presos ao osso,
Do que servem
Juntas e articulações?
Eu os fitava
Tão alheia e tão envolta,
Sugando as forças
De minhas veias e artérias.
Saudade,
Que invade meu peito
E pulsa.
Tão óbvio,
Tão natural,
Tão estúpido.
De que serve a carne?
De que serve o osso?
Se só se é liberto na luz?
Desfecho de tudo,
Princípio de tudo.
Luz,
Que envolve,
E acalenta.
Que conforta,
E transcende.
Deixar a carne,
Procurar pela luz.
Liberta-te do vão.
Teu brilho está em mim,
Meu amor vai contigo.
Os laços,
Singelos,
Verdadeiros,
São os laços que ficam.
Não a carne,
Nem o osso.
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