Hoje eu vi a fome
suspensa no silêncio
Jorrando a morte em prestação
Viajando não sei ver isto não
Minha boca apodrece
E compartilha poesia
Seu mal hálito lhe mostra
O que a rosa não faria
Sou caixeira andarilha
Sem rumo, nem milagre
A garganta não me cala
Jazo detrás do silêncio
Pássaros voam com a verdade.
2 comentários:
Para Andarilha Errante
Seja bem vinda,
oh poeta das passagens.
Acolho-te,
tu e tuas verdades.
Que são como estacas
cravadas em minha traquéia,
irritando minha garganta,
ansiando para serem expulsas.
Verdades das terras d'onde passei,
das léguas que carrego sobre as costas,
costado que o tempo traz.
E lapída, com a poeira da estrada que invade meus pulmões.
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