Tenho os punhos cerrados,
E os olhos, num alvo, fixos.
Se há um tudo ou nada:
Sobra-me o nada, e...
Não saberei o que fazer,
Contudo.
Esbravejo, como um guerreiro;
Que nunca fui, é bom lembrar;
Mas se me há de servir o nada,
Irei eu, sozinho, no frio da noite,
A desferir meus golpes, contudo.
Com tudo o que houver, de força,
E o que me restar de vontade: é pouca.
Contudo, por que quero o nada (acho),
E fica evidente nas coisas que faço,
Pois a vida é feita assim: bem frágil.
E ainda assim quero amanhecer.
Apesar do tudo ou do nada,
Tomar um trago,
E sobre meu dia cinza...
Escrever.
18/06/09
4 comentários:
Compreendo! :/
Oh Poeta exilado! Com tudo a sempre muito a perder e o nada a ganhar, e se nada tiver é porque com tudo pode contar! Contudo, ao revelar-se a guerreira esbravejante que também nunca fui, haverá algo de novo para apreciar, uma força que não se sabe de onde há de vir, com a intesidade da explosão de um orgasmo, numa liberação de energia que colocará os(as) pequenos(as) a tremer! Nossa exílio é agora nosso lar, um lugar pra agora amar, um lugar chamado "nosso lar"!
Ora pois... Que bom ser o tudo uma instância inatingível. Pois nada é tão valoroso e integral quanto um sentimento puro. Nada é tão emocionante quanto o beijo de pronta-entrega. Tudo pelo nada! e vice-versa.. (há controvérsias) Mas aí já é outra conversa..
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