quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Ponto-ação ou lupanares da meia-noite.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
só quisemos apenas amor, amar-nos,
e entre tantas dores se dispôs
somente a nós dois ser malferidos.
Quisemos o tu e o eu para nós,
o tu do beijo, o eu do pão secreto,
e assim era tudo, eternamente simples,
até que o ódio entrou pela janela.
Odeiam os que não amaram nosso amor,
nem o outro nenhum amor, desventurados
como as cadeiras de um salão perdido,
até que em cinza se enredaram
e o rosto ameaçante que tiveram
se apagou no crepúsculo apagado.
Pablo Neruda - Soneto LXII
terça-feira, 15 de novembro de 2011
A Nova Ordem:
Os povos livres
Os povos livres
Com a chama lançada o fogo se alastrou pelos quatro ventos da Terra. Na volta do controle da produção – os (as) trabalhadores (as) (a princípio apenas de subsistência) – passa-se a ver que a imagem na parede da caverna é apenas sombra; agora já enxergam a luz; logo enxergariam a saída. Após essa primeira etapa desse processo – o qual talvez só Isso pudesse vislumbrá-lo como um todo de uma pequena parte – decidiram por ocuparem as fábricas. E assim o fizeram. Uma após outra passavam a ganhar vida novamente tendo como alma os (as) trabalhadores (as)! De fato tudo apontava para uma revolução! E mais! Uma revolução sem armas, iniciada por simples gesto e pela palavra embutida no ato!!!
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
O Estranho ser que caminha adiante
O estranho. Aquele ser que caminha lá, ali, logo adiante de mim. O estranho que não tem ainda corpo definido, que és ainda fruto de toda dúvida e incerteza. O estranho me dá califrios. Mas porque o estranho? Não o conheço. De onde vem, pra onde vai? O que quer? Ou não quer? É o estranho que me causa estranha estranheza do....es..tranho? Inominável sensação de um desconforto prazer. É angústia e também desejo. Sobretudo, escravo da curiosidade. Se não entendo, desdenho. És-me estranho. O que dizem na TV. És-me estranho o que vejo em você. És-me estranho a apatia no mundo. É estranho o túnel ficando escuro no seu fim. És-me estranho o que está por vir. És-me conhecido o estranho lá, ali, logo em mim.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Labirinto
De um lugar sem ter ,
Num espaço sem ser,
No disvirtuar-se referenciais,
Não sem rancores e resignação ,
Conjugando-se o escárnio sócio- existencial ,
Quotidiano ,
O júbilo sócio-univérsico ,
Segundal ,
Num misto sublime do sobre-viver ,
Vou-me , às gargalhadas , me fodendo .
A foder .
- Edmundo Arruda.
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Sedução
Formosa você se fez.
Presente, penetrando,
No âmago d’eu !
Sem pedir licença, sem
Respeitar limites,
Desafiando-me a saltar
Numa bela aventura inóspita.
Paraquedista do amor
Em terras ignotas.
- Edmundo Arruda.