Um poemeto assim, tristonho
é coisa de esconder, de guardar;
e enquanto não amadurecer...
só se deve mostrá-lo em sonho.
E mesmo no sonho há restrições!
Se alguém vier depreciá-lo,
Mesmo sendo pessoa sonhada,
e dizer: carece de boas fundações.
Não! Não o fazeis, pessoa sonhada!
Cuidai! Não é sonhado, o poema...
Além do que, cada poema é uma estrada...
E pode ter uma vida como tema!
Entretanto, sendo assim o guardadei.
Quando o mesmo maduro for,
Já deve expô-lo! E o dispor, e
Por ventura, se vier um ser para
O poemeto maldizer,
Pensai, autor, pensai resignado:
Certamente o poemeto já está maturado!
Não estaria sua beleza ligada a seus versos naturais?
Ou devo excusar-me alegando questões laterais?
23/12/2011.
4 comentários:
Dizem que os poetas argumentam - quando a ausencia questionada - pelas latereais, tangenciando a compreensao, por vezes... Fato ou nao, o poema do poeta do exilio merece o respeito e o elogio dos demais poetas, aqueles que escrevem no inverno ou aqueles no verao...
Luccas.
melancólico...a melancolia é uma arte por si só
Gostei.. ;)
que siga maturando o tal poemeto, até enfim ser colhido no pé!
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