quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Visível invisibilidade

A voz que não se cala.
O rosto que não se apresenta.
Quem és tu, outro?
Quem são os outros?
Opina, constrói, destrói.
A idade? O tempo? O tamanho?
Julga, pré-julga, não perdoa.

Não sente, não chora, não se apaixona.
Quem és tu, outro?
Quem são os outros?
Ele não é isso, ela não é aquilo.
Coitado do Fulano, Fuja do Ciclano.

Não, é a idade.
Isso mesmo, a idade!
Ahhh, a idade.
Que forte motivo há: a idade.
O(s) outro(s) tinha(m) razão:
O problema é a idade.

Calo-me.
Quem sou eu para digladiar com o Coro?
Ou melhor: Onde está o Coro?
Se ao menos...
Não adianta.

O outro é indiferente, talvez nem seja gente.
Talvez seja gentes.
Fugir?
À francesa, à moda francesa.
Mas logo, antes que o outro me veja...

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