quinta-feira, 21 de junho de 2012

Considerações sobre o mesmo evento ilusório

Aurora neste caso específico é um nome próprio. Se fosse sinônimo de amanhecer deveria ser muito especial para merecer um texto. Ademais, raramente os tenho visto. O que digo é sobre uma moça, amiga minha, que me veio visitar na tarde de hoje sob o intuito de atravessarmos uma trilha em direção a uma praia vizinha.
A tal trilha era no meio de um mato alto, em boa parte do percurso, e subia um belo de um morro, e somente atrás deste podíamos avistar a praia vizinha: a praia da galheta. Bem, Aurora é uma bela moça de pele branca, boa altura e cabelos escuros e cacheados. Adora esse tipo de atividade. O que ela não previu enquanto planejou a aventura foi o mau tempo que encaramos. Quando iniciávamos a trilha havia sobre nós um sol respeitável, porém o acompanhava um vento forte e traiçoeiro. Não tardou para que caminhássemos sob água e sobre lama. No entando, isso em nada diminuiu o prazer da caminhada. Observamos paisagens lindíssimas, experimentamos uma fruta, uma espécie de goiaba em miniatura – chamada Gabiroba. E, de maneira pessoal pudemos experimentar um contato muito pessoal com a natureza circundante. De quebra, na volta conhecemos o Bento. Um jovem falante e bem humorado que nos narrou algumas histórias daquelas matas. Coisas sobre antepassados de alguma cultura indígena e alguns lugares ritualísticos.

Aurora veio
e finalmente começou o dia
atravessou a mata
a chuva e a lama,
e também muitas pedras
pedras grandiosas, inclusive.
depois da aurora fez-se noite
e ficou a sensação
de alguma ausência.


*Qualquer semelhança com algum nome citado no texto não passa de mera coincidência.