terça-feira, 23 de agosto de 2011

King´s view



Teacher Feijó, sorry about my ¨english¨.



King´s view


One king sees. With only two eyes this lonely king sees - sometimes he doesn´t see. Someone sees a king - also with just two eyes. Both of them are see-king. Sick. Sick seek. They are sick as well. Trying to realize that there are too many wrong things with only two eyes each other... But - this word, that means almost the whole world, makes me scare: but - who is who? Who is correct? And what happens beyond god, good and bad?


Luccas Neves Stangler.
London, 22.08.12.


Pintura: Moment of transition - Salvador Dalí.

domingo, 21 de agosto de 2011

Are ¨we¨ the solution?


Com hipóteses
e teorias mil
nada se faz.

Falso microcosmo
que surge.

Com livros lidos
e dezenas de teorias
pouco se constrói.

Ou pouco
se tem construído.

Esfacelam-se letras,
escravizam-se pelas
melódicas vinhetas
e...
E?

Deseja-se um
rastro de (re)conhecimento
pelo pouco que resta:

Pela fresta da janela,
quando o nascer
do sol acontecia,
um casal é visto de mãos
dadas e atadas pela paixão.

Ahh, pai...
chão?
- Não é tão fácil assim, meu filho.

Livros,
teorias,
alegorias - deixe para ocupada pós-modernidade.

- Eu,
meu caro filho,
já estou envelhecendo,
já devo estar envelhecido,
carrego apenas lastros de alguma acumulada idade.




Foto: Jacob Sutton
Edição: We are the solution.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

mim lutar


À MM.

sem me perguntarem como me encontro direi aquilo que deve ser dito: estou de luto. reluto contra tantas forças - imaginárias, fraternas, internas, maternas -, vínculos, círculos e... tudo gira. esse mundo é mesmo desmundado. eu, sujeito-apaixonado-cinza... cinzas... estou de luto e luto! - contra toda podridão preta, contra toda essa maldita zona de incerteza, contra mim - mim? mim não saber nada. dessa situação não sabe se o sujeito cai aos prantos ou ri, ri aos montes ou dá algumas boas gargalhadas. Não! Nada disso! Mim lutará contra o que for preciso, fará o que for preciso, porque mim preciso de você!




Foto: Jacob Sutton.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A verdade sobre o crítico

- Se ao menos os trabalhadores soubessem de sua forç..
- E quem és tu a falar daqueles quem não conheces? (irrompeu de um canto escuro da taverna empostada voz altiva de estranho ar soberano provocando um silêncio constrangedor a todos que ali estavam).
- Sou...
- Sei muito bem quem és...
Fez uma pausa em sua fala.
- Como tu já vi milhares que sem saber do que falam entopem os ouvidos desavisados de ilusões e quando atigem seu maior desejo - o poder - tornam-se escravos do desejo até ficarem de quatro sem que suas bocas sedentas de citações possam balbuciar qualquer autor europeu de renome adquirido nas contradições fala/ atitude!
- Como ousas!
- Não ouso, faço. E faço de ti agora a máscara quebrada a se romper diante de sua platéia ("amigos")desvendando mais uma falácia desta terra que é a sua existência.
- Tu que vives a gabar-se de seus feitos "revolucionários" não és capaz de admitir as calças borradas e molhadas logo diante do primeiro desafio. Tu jamais terás conselho algum a dar, pois és o oposto de qualquer adjetivo a auto-estima-lo. Escória lhes adjetivariam os mais nefastos seres os quais já pisaram e irão nesta terra pisar. Se sabes dar idéias, criar teorias, debater conceitos, por qual razão não as coloca em prática?
- O sistema, a sua repressão, deixam-me sem tempo! (por fim voltou a se pronunciar a escória, mesmo que gaguenjando em meio ao nervosismo).
- Engana-se a si mesmo com tais palavras. Muitos tantos já por muito menos foram capazes de provar o contrário! Digo quem és tu! És a escória a gritar sem saber o que falar quando ouvira uma palavra "revolução"! A usa sem saber e segue a velha ordem; reproduzir repetindo a palavra que sem entendimento se perde no imenso. Não, não és escória afinal...és apenas mais uma criança, mais um aprendiz, aprendendo a verdade travestida - de mentira - reproduzindo, repetindo, continuando o dado...

Levantou-se lentamente então o homem provocador. A sombra o acompanhava. Seu rosto não se revelava mesmo diante da luz. E a três palmos do homem-criança tirou de sua vestimenta um pequenino espelho de bolso, trazendo para frente de si e então o virou na direção do infeliz. Ao se ver no espelho sua consciência percorreu como que se todas as sinapses possíveis ocorressem naquele cérebro e pensou ver um filme correr diante de si. Tudo o que sempre criticara se revelara neste momento.

- E qual era a imagem refletida Tyche?
- A de uma engrenagem.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Siddhartha

¨Siddharta had begun to feel the seeds of discontent within him. He had begun to feel that the love of his father and mother, and also the love of his friend Govinda, would not always make him happy, give him peace, satisfy and suffice him. He had begun to suspect that his worthy father and his other teachers, the wise Brahmins, had already passed on to him the bulk and the best of their wisdom, that they had already poured the sun total of their knowledge into his waiting vessel; and the vessel was not full, his intelect was not satisfied, his soul was not at peace, his heart was not still. The ablutions were good, but they were water; they did not wash sins away, they did not relieve the distressed heart.¨




Siddhartha - Hermann Hesse.