terça-feira, 27 de setembro de 2011

Matemática celestial

Era uma oficina que funcionava à noite.
A névoa caia naquelas noites escuras, repletas de criaturas circundantes;
E aquela luz distante era como uma estrela no chão. Perdida no breu noturno com seus sons próprios.
E dentro daquela ilha de luz, tinha música boa, água boa e coração bom.
As idéias eram esculpidas, através da linguagem, dentro de algumas normas gramaticais...
Passava a noite e também o dia. Às vezes mais. Vinha o vento e ia.
E o trabalho seguia. E de todas aquelas idéias mastigadas, cuspia-se o excesso com um pouco de seiva.
E o que sobrava... cozido era com a dor mais pura que havia.
Mas chegava um momento em que toda essa mistura e todo esse trabalho
Tornava-se poesia.
Agora sim poderia se desligar a luz e a oficina deixa de ser uma estrela no chão.
Uma estrela a menos, porém...
Um poema a mais.

Um comentário:

Luccas N. Stangler disse...

E esse exílio tem trazido alguns ares e bons poemas - parabéns!