sábado, 31 de dezembro de 2011

Um poemeto assim, tristonho
é coisa de esconder, de guardar;
e enquanto não amadurecer...
só se deve mostrá-lo em sonho.

E mesmo no sonho há restrições!
Se alguém vier depreciá-lo,
Mesmo sendo pessoa sonhada,
e dizer: carece de boas fundações.

Não! Não o fazeis, pessoa sonhada!
Cuidai! Não é sonhado, o poema...
Além do que, cada poema é uma estrada...
E pode ter uma vida como tema!

Entretanto, sendo assim o guardadei.

Quando o mesmo maduro for,
Já deve expô-lo! E o dispor, e
Por ventura, se vier um ser para
O poemeto maldizer,

Pensai, autor, pensai resignado:
Certamente o poemeto já está maturado!
Não estaria sua beleza ligada a seus versos naturais?
Ou devo excusar-me alegando questões laterais?


23/12/2011.

4 comentários:

Anônimo disse...

Dizem que os poetas argumentam - quando a ausencia questionada - pelas latereais, tangenciando a compreensao, por vezes... Fato ou nao, o poema do poeta do exilio merece o respeito e o elogio dos demais poetas, aqueles que escrevem no inverno ou aqueles no verao...


Luccas.

Lina disse...

melancólico...a melancolia é uma arte por si só

Lina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Clara disse...

Gostei.. ;)

que siga maturando o tal poemeto, até enfim ser colhido no pé!