terça-feira, 23 de setembro de 2008

Muitos se enganaram: erro sem perdão,
Ao pensar em paixão na empreitada d'além mar,
Das coroas Ibéricas de Castela e Aragão,
Parca justificativa que não mais há de me furtar!

Isabel e Fernando desde o primeiro instante,
Que apoiaram Colombo, um homem de seu tempo,
Não dissimulavam nem no semblante,
Cobiça, olho gordo, um novo empreendimento;

Décadas depois riquezas retornavam;
Ouro e prata, cristãos impressionados!
E para tal, tantos foram subjulgados:

Semente que rendeu jardim de riqueza!
Um mar de sangue foi derramado,
E o povo Asteca dizimado!

4 comentários:

Felício Freire disse...

Vidas que não renascerão,
guerras dos livros de história,
coragem, sangue, fé e glória,
por metais que nas coroas ficarão.

Poeta do Exílio disse...

Inda que fosse por encanto,
Nada te poderia fazer cegar.
Armadilhas retóricas, no entanto,
A tudo isto fizeram legitimar

Felício Freire disse...

Conquistadores de sangue,
os cavalheiros de Cortez,
do arguto Pizarro,
ao amante de Inês.

Povos conectados ao alto,
o plano do astro rei,
esses mestres da construção,
que de tremores perdurarão.

Poeta do Exílio disse...

Ó sol: que lhes dá fertilidade,
Cujo néctar nas veias corre,
Intangível à iniquidade?
Não: pois pelo aço morre.