sábado, 4 de outubro de 2008

Os laços

Por Taiane Maria Bonita Martins, em homenagem a Luiz Martins Neto (In memorian)

Liberdade?

Tão presos à carne,

Tão presos ao osso,

Do que servem

Juntas e articulações?


Eu os fitava

Tão alheia e tão envolta,

Sugando as forças

De minhas veias e artérias.


Saudade,

Que invade meu peito

E pulsa.


Tão óbvio,

Tão natural,

Tão estúpido.


De que serve a carne?

De que serve o osso?

Se só se é liberto na luz?


Desfecho de tudo,

Princípio de tudo.


Luz,

Que envolve,

E acalenta.

Que conforta,

E transcende.


Deixar a carne,

Procurar pela luz.

Liberta-te do vão.


Teu brilho está em mim,

Meu amor vai contigo.


Os laços,

Singelos,

Verdadeiros,

São os laços que ficam.

Não a carne,

Nem o osso.

Um comentário:

Felício Freire disse...

Os laços que firmam,
são laços que ficam,
o amor de infância,
se eterniza em nossa lembrança.

Essa energia poderosa,
que desabrocha como uma singela rosa,
faz dos humanos, verdadeiros manos.