sexta-feira, 20 de março de 2009

O Samurai

Ouvi falar de um guerreiro,
Cujo corte preciso era;
Podia passar o dia inteiro,
A ver os detalhes da primavera;

Moderado no dizer,
Intenso no viver,
Entregou-se a paixão,

E ninguém tinha o direito de julgá-lo.


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O Mouro

Havia também um andarilho,
Que causos do sertão nos contava;
Cujo coração andava no trilho,
Via o pôr do sol à beira da estrada;

Intenso no dizer,
Moderado no beber,
Entregou-se a paixão,

E ninguém tinha o direito de julgá-lo.


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O Outro


Não deixemos o tal ferrabrás,
Que de misterioso nada tem!
Simples no ser e nada mais,
Em cujo bolso não jaz um vintém.

Moderado no falar,
Intenso no versar,
Entregou-se a paixão,

E ninguém tem o direito de julgá-lo.

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