domingo, 20 de junho de 2010

A vida é um conglomerado de coisas sem sentido

A vida é um conglomerado de coisas sem sentido. Será que fomos colocados aqui ou viemos de alguma forma? E se viemos, como fomos parar aqui? Será que o indivíduo existe mesmo? Se estivéssemos sozinhos no mundo (imagine o mundo) como saberíamos que existimos? Penso logo existo? Como saber que a pedra não existe só pelo aparente fato de não pensar? Carregaria ela uma forma de vida a qual sequer sonhamos existir? E por tal fato não a compreendermos e a consideramos sem vida? Ora essa, a pedra nem ao menos se chama pedra! Como ela se reconhece? Existo sem o outro? Quantos sofrimentos e quantas lamentações carregamos em nossos sórdidos corações! Que de romântico só o ideal. Quantas coisas perversas já não pensamos em fazer? Quantas fizemos? Como qualificar tais façanhas como perversas ou não? O caos parece ser a ordem natural das coisas. Talvez compreendê-lo seja entender a própria vida. E que mar sem sentido! E se não há remédio, remediado está! Pra que esta busca desgastante por sentidos? Se vida e morte podem ser a mesma coisa? Alguém deve estar a rir e muito dos humanos! Que pequenos esses seres! E que tristeza! E quanto ela pesa! Que fardo! O cansaço se jogou sobre meus ombros aumentando a famigerada força da gravidade sob o meu ser! Não quero ser mais nada, muito menos tudo isso que já se foi e se fez um dia desses, mesmo que tão longínquo. Como seria poder deixar de existir e ser esquecido completamente? Nem descanso, nem paz, nem cansaço, felicidade, alegria, ou outra coisa qualquer. Sumir. Esquecer-se de si mesmo. Corra! Corra! Corra! Agora ouço uma estranha voz, libertadora?!

- Esquece-te a ti mesmo!

Será que temos vontade? Ou a vontade que nos tem?
Todo esse sentido foi colocado em nossas cabeças? Ou criamos todo sentido que precisamos para cegar a vós da falta de sentido natural das coisas?

- Falta sentido! Falta sentido!

Grita o louco!

- Ainda bem!

Diz-lhe o são.

Caso tudo faça sentido é porque estamos inseridos numa grande mentira, numa grande conspiração, espalhada com primazia, pois o sentido não existe. E quem contou essa mentira? A minoria que um pouco mais sabia, de um nada logo ali que os assistia.

- Onde estou!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!? Ta tudo escuro!

- Não abra o olho!!!!

- O que? Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!
(grito de desespero profundo e desolador, maldita luz!)

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