sábado, 5 de março de 2011

O velho da rua

Tem seres que após nascidos
São bem dispostos, fortes...
E pela vida “enlouquecidos”.

Veja você: para tudo há vontade...
Desde cedo, no amanhecer,
Ou dentro da noite, quando já é tarde.

Entretanto, o mistério da humanidade
Não se restringe a tal falada bravura!
E para além da bem disposta irmandade,
Há que se considerar a fatia taciturna.

Veja eu, fineza, um caso exemplar!
Desafortunado neste mundo...
Magro, cansado, quase moribundo.
Mesmo em pleno amanhecer, após o descansar.

Pertencente a malograda fatia,
Assim o digo, agora sem nostalgia!
Aquele tal que nasceu cansado,
Com um livro na mão e para o ‘resto’ desanimado.

E quanto a tu, se quiseres me encontrar...
Investido de tal ousadia!
E assim me procurardes,
Sem saber onde meu espectro se escondia!

Dou-lhe, caro conhecido, um conselho:
Caso em minha rua vier chamar, na lábia.
Cuidado quanto às características do mancebo!
Se por ventura o meu nome não saiba!


Pois assim como certo grau de excitação ante uma bela mulher nua,
É mais safo se perguntares pelo 'velho da rua'.

2 comentários:

Luccas N. Stangler disse...

Além de exímio poeta, és um grande designer de layout...

Cevador de solidões disse...

Homem designer? 1, 2, 3...