quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Soneto da Revolta

(Em reverência ao mestre cuíca)

Humanóides quando emputecidos
Cospem pro céu, xigam, praguejam!
Pra transmitir aos seres já idos,
A razão pela qual esbravejam!

Porém, conheço um camarada
Que nesses momentos, em vez do verbo
Dá nítida preferência a uma cagada
Dando turva voz a seu protesto!

Já dizia um velho ferrabrás:
Clareia o tom de sua revolta!
Em mundo de preconceito, melhor não faz..

Ao dar à luz tal infame reclamada
Esquece o barro, sejais moderno:
Prepare uma quente e gosmenta esporrada!

Um comentário:

Anônimo disse...

e eis que do alto da letargia
num espasmo de euforia
do outro lado da tela
a leitora se esgoela

desenha palavras tortas
embaralha palavras gastas
rima pobre e mal lavrada
ó, meu caro senhor,
mas que bela esta gozada!