terça-feira, 12 de outubro de 2010

Azmyl e o vazio

Azmyl costumavam dizer os antigos, ou ao menos assim se acredita, quando sentiam alegria em seus corações. Disso sabiam muito bem - étile - aqueles que estavam acima de todos e abaixo do nada - quando compartilharam Azmyl! E foi neste momento em que a cisão se forja lentamente! Aquele caixote veio a dar sentido e sustentação final para o mundo das imagens, da razão, da visão. Através delas maquinaram tamanha chacina! Estavam prestes a matar milhares e milhares de elfrin - oráculos, popularmente conhecidos na atualidade como sonhadores - dilacerando (rasgando a duras mordidas de bocas sedentas de sangue findando a existência máxima de sentido daqueles caninos)os sonhos, a imaginação das pessoas, que passariam, gradativamente, dali por diante, a romper e/ou conciliar seu imagético sobre as coisas, pois, ora, há uma imagem agora!


E que alegria causa essa tal de imagem! E se as pessoas ficam alegres tudo, parece, então, estar bem! Azmyl é capaz de organizar e reunir várias imagens em blocos compactos chamados programas. Existem programas de vários tipos e gêneros: comédia, drama, suspense, novela, filmes (simulacros). Azmyl, por fim, ocupou o enorme vazio que existia. Existia em mim, você, nós, vós, eles, na sociedade, na humanidade. Não me sinto só. Já não me importa mais se programo ou sou programado. A novela vai chegando ao fim. Oh triste fim de mim! O que haverá depois? Outra novela, pois, e eu não serei eu, talvez uma outra personagem qualquer.

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