quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Canção do exílio - adaptada à Ilha de Vera Cruz.

Minha terra tem injustiças
Onde cantam os marajás,
As aves rapinas que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais sujeira,
Nossas várzeas mais odores,
Nossos bosques estão sem vida,
Nossa vida dissabores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Nenhum prazer encontro eu cá
Minha terra tem injustiças
Onde cantam os marajás.

Minha terra tem milícias, favelas, corrupção
Que tais não encontro em nenhum lugar não;
Em cismar — sozinho, à noite —
Nenhum prazer encontro eu cá;
Minha terra tem injustiças
Onde cantam os marajás

Não Permita Deus que eu morra,
Nem que eu vá para outro plano;
Sem que desfrute os primores
Longe dos dissabores;
Sem avistar os pós-maluf's nas Ilhas Cayman,
Onde cantam os marajás que virão amanhã...

Um comentário:

Poeta do Exílio disse...

Se, por ventura, um barco de marajás viesse em direçao ao exílio, ah... Armando Pinto contaria piadas deveras engraçadas: para levá-los ao óbito pela força de sua jocosidade!