quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Névoa noturna

A passos longos e secos,
por entre ruelas e becos,
de uma pequena colônia,
praiana: nas redes da insônia.

Não me cansa este eterno caminhar,
Tudo gira, tudo gira: a girar;
Eis que aos tropeços me flagro a mirar,
uma névoa noturna à beira-mar.

E de repente me perco a pensar,
Agora é meu corpo que queda ao girar,
E cai inteiro, esticado, adormecido a marcar
Na areia...
Que então é coberta pela água do mar.

Fpolis, 15 de fev. de 2011.

2 comentários:

Luccas N. Stangler disse...

E esse girar é por causa de Baco
(ou Dionísio) ou é impressão minha?
haahahah

Belo escrito, poeta do exílio!

Poeta do Exílio disse...

A idéia era boa! Digamos que eu mesmo, logo após concebê-la, a tenha estragado com essa inflação de oxigênio no final dos versos...
:S