terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Um até breve

Há tempos não revia aquelas pessoas
de alguma forma, todos estiveram presente
nesta minha vida.
Alguns ainda estão.

Vejo-os todos barbudos ou cabeludos
ou os dois.
O tempo passou...
Há fumaça pelos cantos da mesas
há garrafas vazias e muitos copos
pela metade.

No entanto, olho para os lados
não vejo alegria naqueles rostos
talentosos.

Há conversa miúda, há até alguns risos
mais animados.
Entretanto, sinto o óbvio
numa despedida

Meu camarada,
percebeu o que poucos perceberam,
que pra este mundo, só uma transformação!
Pra não usar outro termo que afete,
sentimentos pequeno-burgueses.

É camarada, você se desprendeu
neste tempo, de muitas amarras.

E a partir deste momento, passou a existir
uma identidade maior em nossa já muito estimada amizade.
O que nos torna cúmplices – desse desejo por transformar!

Te vejo quieto, camarada...
como quem prevê,
que em uma hora talvez,
seus amigos do peito já terão ido embora.

Eu próprio já o pressinto.
Minha hora se aproxima e eu,
sinceramente, não sei... quando
o verei novamente.

Queria te dizer uma coisa
que não disse na hora, meu amigo.

Minha cara séria não fez perceber,
mas pude notar seus olhos vermelhos...
e quando te abracei só pensava o seguinte:
“Tu é um grande camarada! Vai fazer muita falta!”

5 comentários:

Luccas N. Stangler disse...

O que seria da vida não fossem os poucos, mas valiosos amigos?

Anônimo disse...

Um vazio, talvez?

Anônimo disse...

A vida se torna mais suportável na presença dos amigos. Porém, não se pode ficar impressionado com os números: uma enorme quantidade de amigos - até que ponto serão amigos? - não pode aniquilar totalmente o vazio existencial que se faz presente em alguns casos.

Luccas.

Anônimo disse...

Amizades são como um remédio anti-monotonia. E mais.

Anônimo disse...

Amizades são como um remédio anti-monotonia. E mais.