quarta-feira, 22 de junho de 2011

A Nova Ordem:
Os povos livres

Nestor e Célio: sujeitos históricos


A mudança já estava em curso. Se no começo Indigente semeou, agora começava a ver a vida brotar. Daquelas caixinhas de papel nasceram os frutos e deles o gosto. O gosto de um bom tomate maduro, suculento, vermelho, orgânico; ao mordê-lo sente-se não só o gosto puro da fruta, mas da vida! Da vida que as pessoas dedicaram àquelas caixinhas de papel e, sobretudo as palavras Disso. O suor e o sangue delas estavam ali e agora eram eles e elas a provarem o sabor de suas próprias conquistas. Sentiam-se estranhamente livres, mesmo que da liberdade poucos soubessem conceituá-la, mesmo que dela não soubessem as letras para escrevê-la ou tivessem dessa palavra conhecimento. Certa vez conversavam dois compadres, vizinhos. Foram amigos de seu avô. Chamavam-se Nestor e Célio. Eram veteranos na empresa. Decidiram por aderir à greve quando da radicalização dos grandes Senhores. E conversavam:

- Ô cumpadi! Disse Nestor

- Ô chefe! Retrucou o Célio. - Os arface tão bonito demais!

- Os tumati do cumpadi também tão!

- Oia aqui pu cê uns 10 quilinhos que acabei de coiê. Um cadinho pro ceis fazer uma salada, um bom molho! Ma dona mia! Um bom molho! Riu-se todo alegre (a noite passada voltara a sonhar).

- Mas to é agredecido demais! Oia aqui uns pé de alface que apanhei ali na horta! Fresquinha! E tem também um salame dum porco que acabamo de carnear.

- Agracedíssimo amigo Nestor! Agora tenho que ir que ainda não alimentei as galinha, nem as vaca, e logo o sol esquenta e aí vai ficando tarde! Um bom dia!

- Um bom dia pro cê também!

4 comentários:

Poeta do Exílio disse...

Devo honestidade ao camarada: veja bem, ... muitas partes, texto grande para ser lido em blog. Incorreu no mesmo erro (pelo menos no meu ponto de vista) do camarada Posseiro. Já´pisei nesta casca de banana outrora.
E então, confesso que não tive paciência de ler.
:D

Tyche Fortuna disse...

Bem querido Poeta que aí no Exílio também estás, textos são para ser lidos (grandes ou pequenos)o erro está sempre nos julgamentos; assim: quem tiver olhos que veja; quem tiver paciência que leia; e quem tiver preguiça...que leia textos no twitter, ou simplismente não leia. A escolha é sempre uma opção. E referente a balada de Jolly Roger - parte III "Foi então que começou...", terá continuação? Ou apenas em nossas mentes? rs

Anônimo disse...

Texto grande ou um grande texto?

Ter paciência ou não também é uma outra questão, depende de cada um e de cada momento que cada um vive...

Poeta-ABNT-do-exílio.
hahahaha


Luccas.

Poeta do Exílio disse...

Para o "grande" referente à qualidade creio que o público julga - seja através de comentários, ou dos cliques ou quiçá com o silêncio - falo mesmo é do tamanho = número de caracteres. Mas falo como leitor, e não como juiz. É só uma opinião, nada mais: escreva do jeito que quiser, sempre!
Um abraço.