sexta-feira, 10 de julho de 2009

Onde estará Mnemosine?

Entre goles secos de martini,
E pelas sarjetas sujas da cidade,
Flagrei-me por vezes a evocar-te.
Onde anda você, cara Mnemosine?!

Quando em minha vã consciência
O mangue vasculho, e ainda assim
Me falta a desejada sapiência,
É quando indago: morreste, enfim?

Fora assassinada pruma imposição,
D'uma triste desumanidade,
Mas quem hoje te evoca não o faz em vão.

Se a cada fagulha de poesia,
Recitada por poetas delirantes,
Assim vejo que se foste não estaria
Por ai, a inspirar ladrões e amantes.

Um comentário:

Andarilha Errante disse...

Está fazendo suspirar os poetas
Vagando em busca de andanças...